O que é MEI e como se tornar um?

São tantas as siglas que surgem para um novo empreendedor: MEI, ME, LTDA e muitas outras que acabam deixando-o em dúvida. No entanto, aqui neste post, vamos explicar um pouco melhor a sigla MEI. Você sabe o que é?

MEI – Microempreendedor Individual é um programa do Governo Federal idealizado para regularizar quem trabalha por conta, o famoso “autônomo”.

Quando uma pessoa se torna MEI, ela ganha um registro no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e é incluído num modelo simplificado do Simples Nacional – sendo necessário pagar somente um valor fixo mensal referente aos tributos de sua atividade. Ou seja: a arrecadação de tributos é única e bem simplificada. O custo fiscal para um MEI tem o valor mensal de R$ 60,00. (Dados de 2021)

As atividades permitidas para se tornar um MEI são bem limitadas, como por exemplo: professor particular, esteticista, fotógrafo, alfaiate, chaveiro etc., além disso, o faturamento anual se limita a R$ 81.000,00. Outros desafios são: a possibilidade da contratação de apenas um funcionário CLT e não é possível ter sócios. Um pouco diferente da ME – Microempresa que entrega um pouco mais de possibilidades como ter um ou mais sócios, e pode prospectar um faturamento de até R$ 360 mil/ano, sem contar que o leque de atividades pode contemplar mais ocupações e emitir quantas notas fiscais quiser. Vale salientar que o custo fiscal da ME é bem maior que o da MEI.

Por outro lado, o MEI possui alguns direitos previdenciários, como aposentadoria por idade ou por invalidez, auxílio-doença, salário maternidade e pensão por morte. Já o ME conta com os mesmos direitos, mas pode ter aposentadoria por tempo de serviço também.

No site do governo federal, você consegue maiores informações sobre a documentação necessária para abrir sua empresa e, além de se cadastrar, você ainda investiga se o seu negócio pode ser considerado um Microempreendedor Individual.

Como se tornar um MEI?

Não é tão complicado como parece, o registro como Microempreendedor Individual é um processo simples, menos burocrático e pode ser feito online pelo site do governo federal. Você pode também procurar pelo SEBRAE da sua cidade para uma orientação mais concisa a respeito. Eles oferecem cursos para aprimorar sua ideia e seus objetivos.

Uma boa alternativa é procurar um escritório de contabilidade. Alguns deles podem até te ajudar “sem cobrar”, tudo isso pensando em seu crescimento e no potencial cliente que você pode se tornar. Algumas prefeituras, ainda, oferecem atendimento diferenciado em “salas ou balcões do empreendedor” com a mesma intenção de te ajudar. Veja se é o caso da sua empresa.

É importante salientar que, se você não contar, a princípio, com dinheiro suficiente para investir, talvez seja bom pensar em alguns negócios que exijam investimentos menores. Há uma série de possibilidades e modelos de trabalho que dispensam a locação de uma sala comercial, ou seja, você pode contratar serviços de “escritório virtual”, geralmente oferecidos por escritório coworking. Confira aqui, no link a seguir, uma opção de escritório virtual e seus benefícios. 

Você pode contar também com outras formas de conseguir crédito, por exemplo, o BNDES oferece um microcrédito que pode ser interessante para pequenas empresas. Caso consiga os populares “investidores-anjo”, eles também podem oferecer o dinheiro emprestado com o intuito de retorno, desde que gostem da ideia e acreditem no seu potencial. Esses investidores são conhecidos pelo investimento em “startups”, ou seja, ideias inovadoras que possam realmente atraí-los.

A linha de crédito concedida por parentes e amigos pode ser um apoio e, às vezes, fica até mais barato conseguir um amigo investidor, isso é o mesmo que encontrar um sócio e, convenhamos, é sempre bom ter alguém disposto a embarcar na mesma jornada com você.

Em relação à contratação de funcionários, não se precipite, neste momento, é muito mais interessante terceirizar aquelas funções que não são de sua especialidade e, caso não possua veículos próprios, disponíveis somente para sua empresa, crie parcerias com uma empresa de entrega. Tudo isso faz você economizar e gerenciar melhor seu recurso financeiro.

Público-alvo é outra questão para se pensar. Crie oportunidades e estratégias para atraí-lo. Identificar seus clientes e como chegar até eles é um movimento essencial e a garantia de sucesso do seu negócio. Sempre tenha em mente algo que surpreenda as expectativas dos seus futuros clientes e que supere a de seus concorrentes, isto é, faça a diferença no seu ramo de atuação. Resumindo, seja diferente e faça uma entrega extraordinária se quiser ter uma fidelidade e a tão falada “indicação” feita por consumidores satisfeitos. Outra forma de conquistá-los são as estratégias digitais em redes sociais, blogs e e-mail marketing, que têm custos mais baixos e visibilidade a curto prazo.

A gestão financeira de uma empresa é um ponto essencial no início, mas com prudência, você conquistará um ótimo resultado.
Uma opção para os microempreendedores individuais é contratar serviço de escritório virtual, ou até mesmo alugar uma sala em um Coworking como mencionado anteriormente. Essa opção é bem vantajosa para quem está começando, pois quando se aluga uma sala privativa, paga-se somente o aluguel. Gastos com água, luz, internet de alta velocidade e funcionários geralmente estão inclusos no pacote. Além de ser uma ótima alternativa, você não precisa se preocupar com móveis e decoração, já que o propósito desses lugares é sempre colocar uma atenção especial neste quesito.

Concluindo, ser MEI pode facilitar a sua satisfação pessoal e até mesmo contribuir com a sociedade para um futuro melhor.

Lembre-se: Faça a diferença no seu ramo de atuação e inove sempre!

Por Wania Almeida